20 março 2015

IR AO CONTROLO


  Já me tinha escapado uma primeira vez. Adiantei logo ao rapaz que sabia, e sabia, muito bem quanto peso tinha à partida. Mentira, mentirinha das grandes. Já não via uma balança fazia meses, mas só a possibilidade de subir à dita e me confrontar com números dignos de um cachalote, arrepiaram-se-me as entranhas. Então, mandei um número, assim por alto; o último que me lembrava de ter tido. Devo ter sido convincente, tanto que o moço apontou sem fazer mais interrogações.
  Ora, quarta-feira, a pingar e estafada da minha corrida na passadeira e séries intermináveis de abdominais, agachamentos e contorcionismos afins, voltei a bater os olhos nela. A um canto, quieta e sossegada. Trocei da minha ideia e pensei que nem morta me sujeitaria a tal análise de livre vontade. Afinal, o que importa é sentir-mo-nos mais tonificadas e, acima de tudo, saudáveis. Por isso, que motivos teria eu para ter tanto medo de subir à dita cuja. Cheguei à conclusão que desta vez não estaria só a enganar - leia-se o verbo de uma forma fofinha -  o personal trainer mas também a minha própria pessoa, o que seria no mínimo estúpido. "Que mal tem um número?", repeti para mim. E subi. Se ficásse traumatizada passaria pelo Pingo Doce que me parece-se mais próximo; à ida para casa, e carpiria ao sabor de um belo gelado de chocolate e menta.
  Após aquele que me pareceu o segundo mais demorado da história, percebi que tinha perdido peso. Sim! Voltei a subir para a balança para confirmar e sim, pude festejar. Perdi UM QUILO E MEIO! Partindo do pressuposto que o meu peso inicial kind of fantasma se aproximava da realidade. Agradeci a todos os santinhos e mais alguns, especialmente aos do metabolismo e ginásticas forçadas, que me têm acompanhado nestas três semanas. Hoje não vou de viagem sem antes passar no supermercado para a minha merecida recompensa.

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